WikiLeaks afirma que ‘agente do estado’ cortou a internet de Julian Assange
Grupo diz que planos de contingência já estão sendo postos em prática. Quais? Ninguém sabe. Crédito: Shutterstock

FYI.

This story is over 5 years old.

Tecnologia

WikiLeaks afirma que ‘agente do estado’ cortou a internet de Julian Assange

Grupo diz que planos de contingência já estão sendo postos em prática. Quais? Ninguém sabe.

Abrigado na embaixada equatoriana em Londres, na Inglaterra, o australiano Julian Assange, fundador da Wikileaks, acaba de ter desligada uma de suas únicas formas de se comunicar com o mundo.

O grupo, famoso por divulgar documentos sigilosos e recentemente envolvido no vazamento de emails particulares da campanha de Hillary Clinton para a presidência dos EUA, afirmou, via Twitter, que um 'agente do Estado' cortou a internet de Assange na manhã de hoje e que planos de contingência estão sendo postos em prática.

Publicidade

Não está claro que planos são estes, e o Motherboard não teve como confirmar a veracidade das afirmações do grupo. A embaixada equatoriana também não forneceu informações sobre o assunto.

Julian Assange's internet link has been intentionally severed by a state party. We have activated the appropriate contingency plans.

WikiLeaksOctober 17, 2016

O tuíte foi publicado após a organização ter postado na noite de domingo chaves de criptografia que permitiriam a publicação de documentos vazados. Usuários do Twitter e Reddit sugerem que estes tuítes indicam que Assange teria sido morto e que tais documentos seriam revelados após sua morte. Os rumores foram desmentidos por Kelly Kolisnik, do Wikileaks. "Julian Assange está vivo e passa bem", tuítou. "Rumores de que ele havia tuítado uma chave de 'homem morto' são falsos e infundados".

E como apontado pelo Gizmodo, estes códigos de 64 caracteres são parte de um "pré-compromisso", uma forma de provar que, quando estes documentos forem lançados no futuro, seu conteúdo não terá sido alterado.

A série de rumores em torno do estado de Assange surge ao passo em que o WikiLeaks continua a divulgar documentos relacionados a e-mails vazados do assessor de campanha de Hillary Clinton, John Podesta.

No começo deste mês, Assange disse que sua meta era publicar os documentos semanalmente até a votação no dia 8 de novembro. Ele comentou ainda que o WikiLeaks precisará de um exército de voluntários para lutar contra críticos na rede enquanto continuar publicando material relacionado às eleições.

Tradução: Thiago "Índio" Silva