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Tecnologia

Os cadáveres de estrelas mortas serão o último refúgio da humanidade

Onde você se imagina daqui a um trilhão de anos?

O planeta Terra é um próspero abrigo de vida nesse momento graças, em parte, à sua confortável distância do Sol. Mas chegará um dia em que a estrela explodirá o nosso planeta. E então? Para onde, no universo, os humanos poderão migrar a fim de construir uma civilização com um pouco de permanência cósmica?

Para os criadores do Kurzgesagt, um canal do YouTube que aborda assuntos complexos com "niilismo otimista", a resposta é: um sistema de anãs brancas estável. Em uma animação postada na semana passada, o canal apresentou os motivos por que as anãs brancas – cadáveres de estrelas – são provavelmente "o último refúgio da humanidade", quando as luzes começarem a se apagar no universo.

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"As últimas luzes antes da escuridão eterna." Vídeo: Kurzgesagt (em poucas palavras)/YouTube .

Cerca de 97% das estrelas no universo, incluindo o Sol, estão destinadas a se tornarem anãs brancas assim que exaurirem seu combustível nuclear e explodirem em novas e supernovas. As anãs brancas são o núcleo exposto remanescente nas cinzas desses eventos pirotécnicos. São muito mais estáveis e longevas do que suas estrelas predecessoras.

Enquanto o Sol tem vida de cerca de 10 bilhões de anos, os cientistas estimam que as anãs brancas brilharão por trilhões de anos, tornando-as potencialmente "as únicas fontes de luz e energia em um universo agonizante", de acordo com a animação.

Em outras palavras, se a humanidade quiser continuar no grande jogo cósmico, temos que nos mudar para um sistema de anãs brancas a fim de levar essa coisa de existência senciente até o fim. As anãs vermelhas também são uma opção bastante promissora no longo tempo, porém, como se acredita que elas sejam mais flamejantes que as anãs brancas, pode ser arriscado abrir a lojinha perto delas.

E talvez tenhamos que levar nosso próprio hardware planetário conosco, já que os planetas que comportam vida nos sistemas de anãs brancas provavelmente serão destruídos pela morte das estrelas originais, mas ainda teremos alguns bilhões de anos pela frente aqui na Terra para elaborar essa logística. Quem sabe até consigamos recolonizar o cadáver deixado por nosso Sol.

É claro, mesmo que os humanos consigam migrar para esses sistemas anões, isso só prolongaria o inevitável. Daqui a muitos trilhões de anos, no calor da morte do universo, mesmo as anãs brancas vão se apagar, em anãs negras, e a vida como a conhecemos será extinta para sempre.

Para manter o tom niilista otimista, a equipe do Kurzgesagt manda umas palavras de incentivo para enfrentar a mortalidade inerente de todas as coisas: "Não importa o que aconteça daqui a um trilhão de anos. Agora, existimos em um momento muito bom, somos capazes de nos impressionar com um universo coberto de estrelas e luzes e planetas e temos tempo suficiente para visitá-los um dia".