​Os cientistas ainda não fazem ideia como Usain Bolt consegue correr tão rápido
Crédito: drcliffordchoi

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Tecnologia

​Os cientistas ainda não fazem ideia como Usain Bolt consegue correr tão rápido

Conheça a 'Boltlogia' – a ciência que analisa os músculos do homem mais rápido que se tem notícia.

Dono de oito ouros olímpicos, o velocista jamaicano Usain Bolt é, aos 28 anos, o homem mais rápido que se tem notícia. O atleta ficou famoso por seu desempenho nos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, quando percorreu 100 metros em 9,58 segundos – o que dá mais ou menos uns 40 km/h, a velocidade máxima dos carros em muitas vias do Brasil.

O lance é que, depois de analisar sua fisiologia, alguns cientistas estão embasbacados com sua velocidade. Em outras palavras, eles não conseguem explicar como um cara tão grande – Bolt tem 1,96m e pernas muito longas – atinge tal aceleração. Sua média é de 41 passos a cada 100 metros; a de outros atletas: 44. Por ser tão grande, o jamaicano precisa de uma força extra para levar seu corpo a tamanha velocidade.

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"Usain Bolt é único no sentido de que atinge aceleração máxima enquanto mantém velocidade máxima", comentou a Dra. Anette Hosoi, engenheira mecânica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA.

Hosoi e Samuel Hamner, engenheiro mecânico de Stanford, também nos EUA, tem estudado a estrutura do corpo de Bolt para entender como ele consegue ser tão rápido. Os dois especialistas esperam que suas descobertas possam ajudar pessoas com problemas de locomoção e também atletas que queiram aprimorar seus desempenhos.

"Se conseguirmos compreender os papéis funcionais destes músculos, isso pode ajudar Bolt a mudar seu treinamento ou melhor entender como ele poderia ficar ainda mais rápido", disse Hamner.

O atletinha dos tempos de escola dentro de mim fica com uma pontinha de inveja. Eu mal conseguia chegar na marca dos seis minutos e sei que diminuir aqueles minutos e segundos era complicado por conta da minha forma. Porém, há diversos fatores envolvidos no processo da corrida. "Há uma atuação muito precisa por parte dos músculos durante uma corrida", disse Hamner. "Se você estiver fora do ritmo em alguns milissegundos ao gerar estas forças, você cairá ou se machucará. Logo, é necessário um timing preciso do sinal elétrico que sai do seu cérebro para o seu músculo para criar aquela força."

Bem, fica aqui minha torcida para que os cientistas descubram como derrotar nossa própria fisiologia, mesmo que seja só pra dar uma trotadinha marota.

Tradução: Thiago "Índio" Silva