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A nova geração dos lutadores de sumo

Putos de 12 anos a tentarem ser o Cristiano Ronaldo do sumo.

No início do ano fui até Nou, uma aldeia piscatória na costa norte do Japão, para visitar uma academia de sumo. O desporto nacional não-oficial do país já vem de há dois mil anos atrás. Os lutadores têm de ser treinados diariamente, de forma rigorosa, de forma a enfrentar os opositores - no sumo, a vitória e a derrota garantem-se em questões de segundos. Cheguei a Nou no primeiro dia de aulas e apresentaram-me os estudantes, alguns com menos de 12 anos, miúdos pequenos que tinham deixado as suas famílias para estar ali. Estive com um grupo por volta das sete da manhã ir até ao dohyō de treinos (aquele campo com um anel onde a acção acontece), um edifício simples, rodeado de montanhas encantadores e cobertas de neve. Os estudantes puseram os seus mawashis (aqueles farrapos que levam à cintura) e, durante uma hora, contaram anedotas, fizeram brincadeiras, ajudaram-se uns aos outros nos treinos. Assim que entram no dohyō, dão mostras do respeito pelos deuses e os sorrisos transformam-se em concentração. Este miúdos e adolescentes comem, dormem, treinam e estudam juntos 24 horas por dia, com os treinos de sumo pela manhã e outros estudos de tarde. Normalmente ficam seis anos neste colégio para preparar e construir o seu corpo e a mente com esperança de se tornarem campeões de sumo profissional.

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