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Aline viajou para Mariana na mesma noite da tragédia, acompanhada dos sogros, Julio Albino, 64, e Maria Nilza Albino, 56, e da irmã. Todos passavam por acompanhamento médico com assistentes sociais contratados pela mineradora Samarco. Muita abalada, Maria Nilza conversava ainda com uma psicologa."Já faz quatro dias, e não temos notícias. Tem gente que está ficando desesperada e procurando por si só", afirmou.Albino e a família moram em Ribeirão das Neves, cerca de 85 km de Bento Rodrigues, e havia sido contratado para realizar a sondagem do subsolo da estrutura, procedimento prévio a uma possível ampliação da barragem.No entanto, Aline afirma que o aumento da barragem de rejeitos era realizado simultaneamente à sondagem: "Ele perfurava o subsolo para ver se era seguro ampliar enquanto funcionários da empresa Integral aumentavam a barragem", diz ela, alegando ainda que o solo argiloso não suportaria o aumento. "Ele me contava tudo que passava no trabalho", afirma. A empresa não comentou a declaração.Enquanto esperam por notícias no principal ginásio de Mariana, a angustia acaba por amenizar as rusgas que havia entre Maria Nilza e a nora - história que preferiram guardar para si.