O 29 de Maio do MTST em São Paulo

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), maior organização sindical do país, declarou hoje (29) o "Dia Nacional de Paralisação e Manifestações". Para isso, convocou movimentos sociais, estudantis e de moradia a ocuparem as vias do país contra a aprovação do PL 4330, que regulamenta a terceirização de funcionários dentro de empresas, e também para fazer suas reinvindicações específicas. "Trabalhadores diretos serão demitidos para as empresas contratarem terceirizados em seu lugar, sem direitos, com salário menor e maior carga de trabalho", diz o sindicato em seu site oficial.

O pessoal do R.U.A Foto Coletivo acompanhou três dos diversos atos encabeçados pelo (MTST) Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto que aconteceram hoje no Estado de São Paulo: um, na Praça da Sé; outro na Avenida Paulista, ambos na cidade de São Paulo; e o terceiro, que ocorreu no município de Taboão da Serra.

AVENIDA PAULISTA
Por volta das 11 horas da manhã, cerca de 600 pessoas filiadas ao MTST se reuniram no vão livre do MASP. Ali, estavam reunidos representantes das ocupações Vila Nova Palestina, Portal do Povo e Paulo Freire. Os manifestantes caminharam até o prédio da superintendência da Caixa Econômica Federal da Avenida Paulista e ocuparam o saguão enquanto esperavam algum representante para negociar com o movimento. Nesse momento, a polícia chegou para mediar a situação. Uma comissão foi formada para uma reunião com o superintendente da unidade em questão, que terminou sem resultados concretos, mas com promessas de que, assim que a verba for liberada pelo Executivo, as obras começarão.

PRAÇA DA SÉ
Em frente à superintendência da Caixa Econômica Federal, aproximadamente 300 pessoas do MTST reivindicavam a liberação do dinheiro público que foi prometido para o programa Minha Casa, Minha Vida 3. A agência se encontrava fechada, pois o sindicato dos bancários também protestava contra o PL 4330. Ana Paula, líder do MTST que estava presente, discursou e explicou a todos o motivo do caos na cidade. Além da Sé, também figuravam no mapa de protestos do movimento as regiões de Itapecerica da Serra, Paulista, Taboão da Serra, Osasco, Embu e Santo André. Uma comissão de negociação foi formada a fim de entrar no edifício para uma reunião com a superintendente, Lúcia Helena da Silva, onde discutiriam as propostas. O MTST disse que o movimento exige a liberação imediata de verba para continuarem obras paralisadas e começarem outras novas obras do programa Minha Casa, Minha Vida 3, além de outras pautas. Caso contrário, os manifestantes começariam uma onda de ocupação de terrenos até uma decisão concreta. O sindicato dos bancários exigia pressão política para rejeição do PL 4330 no congresso. A única proposta concreta foi a de protocolar o envio da carta de propostas à presidente Dilma.

TABOÃO DA SERRA
A Caixa e o secretário do MTST firmaram um acordo documentado em que foi deliberada a construção de habitações na ocupação Chico Mendes A no prazo máximo de 60 dias. Após a reunião, os líderes do MTST levaram o documento para autenticação em cartório.

Veja mais fotos dos três atos abaixo: