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O que sabemos até agora sobre o incêndio de Pedrógão Grande

A tragédia no norte do distrito de Leiria assume proporções nunca antes vistas em Portugal. O fogo florestal matou mais de 60 pessoas e há dezenas de feridos.
Imagem: captura de ecrã RTP (foto original Paulo Cunha/European Pressphoto Agency)

Quando na tarde de sábado, 17, começaram a surgir as primeiras notícias sobre o incêndio em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, seria difícil adivinhar a tragédia que horas depois se viria a consumar. 27 aldeias da região foram assoladas pelas chamas e o número de vítimas mortais na manhã de domingo confirmou os piores receios de autoridades e das populações. De acordo com um balanço feito esta manhã pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, 57 pessoas perderam a vida, há dezenas de feridos - cinco destes, quatro bombeiros e uma criança estão em estado grave -, mas este número pode ainda não ser definitivo.

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Segundo informações avançadas pelo Jornal de Leiria, às 7h30 da manhã o fogo continuava com quatro frentes activas, mais de 15 horas depois de ter começado na localidade de Escalos Fundeiros, no concelho de Pedrógão Grande. Ainda de acordo com a mesma publicação, a Polícia Judiciária já afastou qualquer suspeita de origem criminosa neste incêndio: "Trovoada seca e eucalipto estão entre os possíveis 'culpados' da tragédia de Pedrógão Grande, factores a que se juntaram o calor e baixa humidade sentidos ontem e que hoje se vão manter. De notar a rapidíssima propagação das chamas em várias e extensas frentes, quase em simultâneo".

"A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio", disse, esta manhã, o director nacional da Judiciária, Almeida Rodrigues, avança o Jornal de Leiria.

As autoridades avançam ainda que dos 57 mortos, 30 terão perdido a vida nas suas viaturas quando se deslocavam na Estrada Nacional 236, que dá acesso ao IC8. Admite-se que famílias inteiras tenham sido sucumbido às chamas e à inalação de fumo. As buscas continuam nas zonas afectadas ontem pelo fogo. Há ainda localidades ameaçadas pelo fogo.

Além do reforço de operacionais dos bombeiros no terreno, o Jornal de Leiria avança que, de manhã, "chegaram aos concelhos do norte do distrito dois aviões espanhóis para ajudar no combate ao fogo". E a publicação acrescenta: "Em Leiria e em toda a região, é possível assistir à queda de cinza e notar o cheiro a queimado, provenientes deste incêndio". Segundo salienta a página da Protecção Civil, estão mobilizados para o combate às chamas no Pedrógão Grande 682 operacionais, apoiados por 219 viaturas. O fogo permanece fora de controlo. Muito próximo dali, um fogo em Góis mobiliza 387 operacionais e 118 veículos. Meios de França também estarão a caminho

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Em 1966, morreram 25 militares num incêndio na Serra de Sintra. Em 2003, foram duas dezenas as vítimas mortais em vários incêndios. Mas não havia memória em Portugal de um número que se aproximasse da meia centena, como o que agora se confirma na região de Leiria.

Actualização 11h45: Para além do fogo em Pedrógão Grande a Protecção Civil dá conta de que às 11h30 estavam 40 ocorrências em aberto relacionadas com fogos rurais e meteorologia adversa em Portugal Continental.

A ajuda mais directa que a população pode fazer aos soldados da paz é a doação de bens nos quartéis dos bombeiros. A ajuda pode ser entregue em qualquer quartel, sendo que os bombeiros estão destacados para incêndios fora da sua zona de intervenção. Ou seja, não haver incêndios numa certa região não significa que os bombeiros não estejam no combate aos incêndio noutras zonas. Os bens mais necessários são:

- Água 0,33;
- Enlatados;
- Bolos secos;
- Produtos de higiene;
- Bens não perecíveis.

Actualização 12h00: Número de mortos aumenta para 58. Há 54 feridos, oito dos quais bombeiros, quatro em estado grave. Duas frentes activas, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra ainda por dominar. Outras duas frentes, Pedrógão e Penela começam a ser dominados pelos bombeiros, apesar de os meios aéreos não conseguirem actuar nas melhores condições devido às condições meteorológicas adversas, informa o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. O responsável diz que já foi "feita uma vistoria bastante grande à área ardida, mas ainda não totalmente".

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Actualização 13h05: Número de vítimas mortais sobe para 62, revela o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. Há para já também nota de 150 desalojados. O responsável alerta ainda para o facto de, neste momento, as condições meteorológicas no terreno começarem a ser muito semelhantes às verificadas no sábado e que se acredita terem estado na origem do fogo.

Actualização 13h35: O primeiro-ministro, António Costa, acaba de chegar a Pedrogão Grande, onde está a reunir com todas as entidades em actuação no terreno. À entrada do encontro, o responsável salientou à comunicação social que "não há memória de uma tragédia destas" e que "todos os dados serão agora analisados exaustivamente". Serão declarados três dias de luto nacional.

Actualização 14h20: De acordo com o Jornal de Leiria, um espectáculo solidário com o concelho de Pedrógão Grande está agendado para o próximo sábado, dia 24, pelas 21h30 horas, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. "Na sua página de Facebook, o vice-presidente da Câmara de Leiria anuncia que David Fonseca, a Orquestra Jazz de Leiria, a Academia Annarella Roura Sanchez, a editora Omnichord Records, a SAMP – Sociedade Artística e Musical dos Pousos, o Orfeão de Leiria e a Fade In - Associação de Acção Cultural vão estar presentes neste concerto solidário", a avança a publicação, dando ainda conta de que "os bilhetes estarão à venda a partir de segunda-feira, 19, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, e custam 15 euros cada".

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Actualização 16h00: Em declarações aos jornalistas, no final da reunião que manteve com os presidentes de câmaras dos concelhos afectados pelo incêndio de Pedrógão Grande, o primeiro-ministro, António Costa, informou que devido a um "registo duplicado", o número de vítimas mortais é afinal de 61 e não 62 como relatado anteriormente. Há ainda 58 feridos, oito dos quais bombeiros.

De acordo com o Jornal de Leiria, "no encontro, ficou assente que as escolas do 1.º Ciclo vão ficar encerradas por tempo indeterminado e os alunos residentes nos concelhos de Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos - os mais afectados pelo grande incêndio que desde ontem lavra no norte do distrito - que tenham exames e provas marcadas para esta semana, não os farão, tendo sido adiados".

Entretanto, segundo a mesma publicação, "mais seis pelotões de militares foram enviados para substituir bombeiros nas operações de rescaldo das zonas ardidas, sendo que ainda se mantêm quatro frentes activas". E acrescenta-se: "Duas delas, que mostravam sinais de estarem a ceder perante os esforços dos bombeiros, ganharam força com o levantamento de ventos cruzados e condições climatéricas semelhantes às de ontem. Esperam-se mais trovoadas secas hoje ao final do dia".

"A noite passada, o Instituto Português do Mar e Atmosfera determinou que a humidade no ar, em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos foi de 0%, o que dificultou o trabalho aos bombeiros e impediu que o fogo amainasse", explica o Jornal de Leiria.

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Actualização 17h25: De acordo com o Jornal de Leiria, que cita declarações do presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Antunes, à agência Lusa, "95% da floresta ardeu e, ao nível de infra-estruturas, o concelho está ´a zero´". "Não há uma previsão [da área ardida], mas para mim ardeu tudo. Temos mais de 95% da floresta ardida. O concelho ardeu", afirmou o autarca.

Actualização 20h55: De acordo com reportagem da RTP em directo no local, uma das frentes de fogo está já a atingir o distrito de Castelo Branco.

Actualização 21h30: O incêndio de Pedrógão Grande causou, até ao momento, ferimentos em nove bombeiros e um elemento do GIPS da GNR, sendo que quatro desses operacionais estão em estado grave. A informação foi actualizada esta noite pela ministra da Administração Interna, que revelou ainda que o número de mortos confirmados se mantém nos 61. Em declarações à comunicação social, Constança Urbano de Sousa sublinhou ainda que, no entanto, "há locais atingidos pelo fogo que ainda não foram inspecionadas para confirmar a existência ou não de mais vítimas". Os feridos civis ascendem a 62.

A ministra revelou também que foram evacuadas cinco povoações, "por precaução". Constança Urbano de Sousa deixou um apelo às populações para não resistirem às ordens de evacuação das autoridades.

Neste momento, de acordo com o Jornal de Leiria, estão no terreno 834 bombeiros, apoiados por 258 viaturas. "Para amanha de manhã está previsto um reforço dos meios aéreos, com a entrada no terreno de operações de duas aeronaves francesas e mais duas enviadas por Espanha, que se juntam aos quatro meios aéreos já disponibilizados pelo país vizinho", informa o jornal.

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Foi também criada uma linha telefónica (144) destinada a apoiar as pessoas que tenham necessidade de alojamento, ou porque ficaram sem as suas casas ou porque não podem chegar até elas.

Actualização 23h05: A ministra a Administração Interna anuncia a confirmação de mais uma vítima mortal. O número é agora de 62. Constança Urbano de Sousa agradeceu também à população portuguesa pela onda de solidariedade de que se gerou e apela a que neste momento se suspendam a entrega de bens, visto que tudo o que foi recolhido até agora é já suficiente para acorrer às necessidades.

Imagem via Deimos Imaging

Actualização Segunda-feira, 19, 11h05: A Agência Lusa cita fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) para informar que, às 10h00, três estradas nacionais e duas auto-estradas nos distritos de Coimbra, Leiria, Castelo Branco e Viseu estavam cortadas ao trânsito devido aos incêndios.

Segundo a GNR, a A13 - auto-estrada do Pinhal Interior, no concelho de Penela, no distrito de Coimbra -, está interdita ao trânsito, entre os quilómetros 183 e 172. A alternativa é sair no nó de Alvaiázere e voltar a entrar no nó de Penela. Ainda na A13, o trânsito está cortado na freguesia de Avelar, no concelho de Ansião, no distrito de Leiria, entre os quilómetros 171 e 183. Outra das auto-estradas interditas ao trânsito é a A25 - auto-estradas das Beiras Litoral e Alta -, na localidade de Chã de Tavares, no concelho de Mangualde, Viseu, entre os quilómetros 118 e 105. No distrito de Castelo Branco, no concelho da Sertã, a Estrada Nacional 238 está cortada e a alternativa é a Estrada Nacional 348. No concelho da Lousã, distrito de Coimbra, está interdita a Estrada Nacional 236, via que está também cortada no concelho de Castanheira de Pêra, no distrito de Leiria. A alternativa é o IC3 - Itinerário Complementar da Estremadura e Ribatejo. Ainda no distrito de Leiria, no concelho de Figueiró dos Vinhos está também cortada a Estrada Nacional 347, revelou a GNR, referindo que "não há alternativa" a esta via.

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Conforme informação divulgada na página da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), às 8h30 mais de 2.150 operacionais, auxiliados por 662 veículos e 10 meios aéreos combatiam seis grandes incêndios nos distritos de Leiria, Coimbra, Castelo Branco e Bragança.

O Jornal de Leiriadá conta do relato de um dos pilotos envolvidos no combate às chamas. João Silva dos Santos diz nunca ter visto nada assim.

Actualização 12h40: A Comissão Europeia terá já respondido a todos os pedidos feitos pelo Governo português e foram enviados sete aviões, provenientes de Espanha, França e Itália e mais de 100 bombeiros para ajudar a combater os fogos. De acordo com a Agência Lusa, o satélite europeu Copérnico está também a enviar mapas de avaliação de danos às autoridades portuguesas.

Entretanto, o comandante operacional da Protecção Civil, Elísio Oliveira, no balanço efectuado às 11h50, avançou que a situação é agora favorável no combate aos incêndios que se estendem pelos distritos de Leiria, Castelo Branco e Coimbra.

Actualização 14h45: O Presidente da República chegou cerca das 13h30 ao posto de comando da Proteção Civil, agora instalado em Avelar, Ansião, distrito de Leiria. Marcelo Rebelo de Sousa deverá deslocar-se a alguns dos locais afectados pelos incêndios: Penela, Alvaiázere, Góis e Cernache do Bonjardim (Sertã).

De acordo com a Agência lusa, o último balanço das autoridades regista 62 mortos civis e 62 feridos, dois deles em estado grave. Entre os operacionais, contam-se 10 feridos, quatro em estado grave e há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas.

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Actualização 15h30: A Agência Lusa acaba de actualizar o número de feridos que sobre drasticamente para 135. Entre estes contam-se 121 civis, 13 bombeiros e um militar da GNR, adiantou à Lusa o presidente do INEM. Luís Meira sublinha ainda que, dos 135 feridos, sete estão em estado grave: cinco bombeiros voluntários e dois civis.

A maior parte dos feridos são ligeiros, tendo 28 necessitado de recorrer ao hospital. Os restantes receberam assistência no local. O balanço anterior, recorde-se, dava conta de 62 feridos. Segundo Luís Meira, os psicólogos do INEM, apoiados por profissionais da Cruz Vermelha Portuguesa, autarquias e Protecção Civil, realizaram 354 intervenções. No local encontram-se agora 32 elementos do INEM, apoiados por 10 viaturas.

Abaixo podes ver o vídeo captado por Fábio Cardoso, em Casal da Cortiça, Leiria e partilhado pelo Jornal de Leiria na sua página de Facebook, em que se pode ver a potência de um raio a atingir um poste de alta tensão.

Actualização 16h30: O número de vítimas acaba de ser actualizado para 63. O bombeiro de Castanheira de Pêra que se encontrava internado em Coimbra em estado grave não resistiu aos ferimentos. A informação foi avançada à comunicação social pelo presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares.

Entre as vítimas mortais já identificadas, 24, há um cidadão francês.

Actualização 17h30: À RTP, o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares traçou o perfil do bombeiro que morreu hoje, segunda-feira, no Hospital de Coimbra, descrevendo-o como um "homem que empregava tudo quanto tinha em prol dos bombeiros". e acrescentou: "Pagou com a própria vida a sua coragem e a sua obrigação. O bombeiro, Gonçalo Conceição, ficou ferido quando tentava salvar pessoas que tinham ficado encarceradas nas suas viaturas, acabando por não resistir.

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Actualização 18h30: De acordo com o jornal Público, que cita dados do Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais, o incêndio na zona de Pedrógão Grande já consumiu mais de 30 mil hectares de floresta desde sábado.

Actualização 22h10: Ao início da noite as autoridades revelaram a existência de mais uma vítima mortal, aumentando assim para 64 o total de mortos. De acordo com informações prestadas à comunicação social pelo tenente-coronel da GNR Carlos Ramos, trata-se de um habitante da localidade de Pobrais, no concelho de Pedrógão Grande.

No mais recente briefing há poucos minutos e após uma visita de oito horas às zonas mais afectadas pelo incêndio, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse aos jornalistas ter-se emocionado em Castanheira de Pêra, referindo-se ao ambiente que encontrou na localidade após a noticia da morte de um bombeiro da corporação local. O Presidente disse ainda que, no combate ao incêndio, "a parte mais complicada parece estar ultrapassada".

Actualização terça-feira, 20, 16h35: O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, disse à RTP que há agora 27 aldeias evacuadas no município de Góis, distrito de Coimbra. O fogo em Góis é agora uma grande preocupação, apesar de em Pedrógão Grande o combate às chamas continuar com muita intensidade, depois de as previsões de domínio na parte da manhã não se terem concretizado.

No mais recente briefing à comunicação social, a ministra da Administração Interna, revela que há cerca de 80 bombeiros espanhóis a chegar à zona de Góis para ajudar as corporações nacionais. Sobe assim para 180 o número total de soldados da Paz oriundos de Espanha.

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Número de feridos em Pedrógão Grande sobe para 160.

Actualização 17h15: As televisões estão a avançar que um avião de combate aos fogos se terá despenhado na zona de Pedrógão Grande. Ainda não há mais detalhes sobre o ocorrido. Pensa-se que o Canadair em causa é espanhol, mas ainda não há confirmação oficial.

Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República apelou à consagração de um minuto de silêncio a nível nacional, amanhã quarta-feira, às 13h00.

Actualização 20h00: A Protecção Civil não confirma a queda de qualquer meio aéreo. Neste momento entre Góis e Pedrógão Grande 40 aldeias foram já evacuadas.

Actualização 22h45: O primeiro-ministro, António Costa, deu hoje à noite uma entrevista à TVI onde avançou algumas das perguntas que colocou às entidades no terreno. A primeira com resposta foi: "Porque é que a Estrada Nacional 236-1 [onde 47 pessoas morreram nos seus veículos, ou perto dos mesmos, ao tentarem escapar ao incêndio de Pedrógão Grande] não foi encerrada no sábado?".

A resposta da Guarda Nacional Republicana foi lida por Costa: "O fogo terá atingido esta estrada de forma totalmente inusitada" e "repentina" que "surpreendeu" todos, "incluindo os próprios militares". O primeiro-ministro salientou ainda que a resposta "é muito consonante com a própria descrição" de autoridade locais e populares, sublinhando a velocidade e rapidez com que as chamas se alastraram.

Actualização quarta-feira, 21, 10h00: De acordo com informações publicadas pela Autoridade Nacional de ProtecçãoCivil, o incêndio que lavra em Góis, no distrito de Coimbra, mobilizava às 8h00, 13 meios aéreos e 396 viaturas, no apoio a 1152 operacionais no terreno. A situação é agora mais favorável em Góis, mas há registo de reacendimentos em Pedrógão Grande.

Actualização 11h00: No briefing desta manhã, Alice Lúcio, médica do INEM, revelou à comunicação social que o número de feridos em resultado dos incêndios em Pedrógão Grande e Góis subiu de 157 para 204. de acordo com esta responsável, 179 feridos resultaram do incêndio de Pedrógão Grande e 25 do fogo que lavra em Góis. Sete continuam em estado grave, uma criança, quatro bombeiros e dois civis.

Actualização 13h35: Às 13h00 de hoje o País cumpriu um minuto de silêncio pleas vítimas da tragédia de Pedrógão Grande.

Às 11 da manhã, mantinham-se Mantêm-se no combate às chamas em Pedrógão Grande 1203 operacionais, 411 meios técnicos e cinco meios aéreos, embora com algumas limitações por causa do fumo. Segundo os dados disponibilizados no briefing matinal aos jornalistas, a área atingida pelo fogo em Pedrógão Grande é de 30 mil hectares, o que segundo as autoridades, não significa que seja toda a área ardida.

Actualização 22h00: De acordo com a Agência lusa, que cita o comandante operacional, António Ribeiro, que substituiu ao final da tarde Vítor Vaz Pinto no comando das operações, a consolidação do perímetro afectado pelo incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, vai demorar, "provavelmente," alguns dias.

O comandante da Protecção Civil afirma que a extensão de área ardida "é muito grande", pelo que "consolidar o perímetro vai levar alguns dias, provavelmente". Ainda segundo António Ribeiro, "o incêndio está dominado e ssim vai continuar", caso se mantenham as condições que se registam, neste momento, no terreno, ou seja, "entrada de humidade e baixa de temperatura".

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