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Música

“Só os vilão”: Um breve resumo dos funkeiros que estão investindo no mundo da política

Enquanto Bin Laden decide se concorre ao cargo de vereador em São Paulo, fizemos uma lista de outros artistas do funk que já se arriscaram no jogo político.

MC Bin Laden pode, em breve, fazer seu bololô haha e o famoso sinal do Ronaldinho na Câmara dos Vereadores de São Paulo. É isso pelo menos que a revista Época afirmou ao noticiar que o funkeiro deve se filiar ao Partido Verde nos próximos dias para concorrer ao cargo Legislativo nas próximas eleições em outubro. Até porque, se uma mísera parte das mais de 55 milhões de visualizações do clipe de “Tá Tranquilo, Tá Favorável” se reverter em votos, Bin Laden não terá dificuldade de se eleger.

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O funkeiro, porém, não é o primeiro a tentar um carguinho político. MC Doca, Tati Quebra Barraco e Mulher Melão são alguns dos nomes que já se filiaram em partidos políticos para tentar um mandato. Por quê? Muitos deles alegam que a política é uma ferramenta capaz de melhorar a vida do povo. Todos, no entanto, com exceção da Mãe Loira do Funk, falharam na missão — não chegando sequer a serem eleitos.

Selecionamos então alguns dos funkeiros que tentaram vida na carreira política:

Mãe Loira do Funk

A funkeira está no quarto mandato como vereadora e acumula também perfis lotados na web. Foto: reprodução/Facebook A cantora Verônica Costa, mãe do Jonathan da Nova Geração, e ícone do Furação 2000 tem uma longa carreira como vereadora no Rio de Janeiro. Ela foi eleita pela primeira vez em 2000 pelo PR e está no quarto mandato pelo PMDB. No seu site oficial, a funkeira se orgulha de ter “mais de 70 projetos aprovados”, entre eles a Lei dos Empacotadores, Lei do Primeiro Emprego e um outro projeto “contra a exploração dos estagiários nos órgãos públicos”, além de outras leis voltadas aos Direitos Humanos e Trabalho. MC Doca

Ao lado de Mc Cidinho, Doca ajudou a criar dois dos maiores hinos do funk carioca: “Rap da Felicidade” e “Funk das Armas” que nasceram na década de 1990 e fazem sucesso até hoje. Em 2014, porém, o Doca que reclamava de ser humilhado por policiais se candidatou a deputado estadual no Rio de Janeiro. A candidatura pelo PTdoB acabou indeferida depois de o MC ter tido 0 votos registrados mesmo com o jingle chiclete “MC Doca é 70777”.

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MC Tati Quebra Barraco

Tati Quebra Barraco concorreu o cargo de deputada federal em 2010 — ironicamente pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão) no Rio de Janeiro. Tati, por sua vez, teve apenas 1.052 votos, número que não foi capaz de a eleger, deixando a MC boladona.

Mister Catra

Mister Catra, pai de 32 filhos, se filiou ao PTdoB em 2009 para disputar o cargo de deputado estadual do Rio de Janeiro nas eleições de 2010, mas acabou não concorrendo. Recentemente, o artista cantou até o seu plano de governo num sertanejo universitário: “Segunda é folga, terça ninguém trabalha, quarta a domingo é dia de balada”, além, é claro, de proibir casamentos e oferecer motéis de graça aos cidadãos. Uma sugestão de prioridade para Catra, nas próximas eleições, é defender o saneamento básico e não a putaria.

Mulher Melão

A artista diz que quer ajudar os pobres. Foto: reprodução/Facebook

A funkeira Renata Frisson, mais conhecida como Mulher Melão, se candidatou a deputada estadual pelo Rio de Janeiro em 2010, mas não obteve êxito. Ela recebeu os insuficientes 1.650 votos e mesmo assim declarou ter ficado contente por participar da disputa. “Estou muito orgulhosa do resultado. A minha campanha foi muito simples, eu não tinha recursos nem patrocínio. A única coisa que gastei foi sola de sapato”, disse ao jornal Extra.

MC Primo

O funkeiro MC Primo concorreu ao cargo de vereador em São Vicente, cidade do litoral paulista, em 2008, pelo PSDB, mas só conseguiu sensibilizar 530 eleitores. Primo foi assassinado por homens encapuzados em 2012, aos 28 anos, na frente dos filhos enquanto chegava em casa. O funkeiro tucano foi homenageado por Emicida na música “Essa É Para Você Primo”. ATUALIZAÇÃO: Não foi, não. Esse som foi escrito pelo Emicida para o DJ Primo, mítico DJ curitibano de hip-hop, falecido em 2008 vítima de uma pneumonia.

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MC Bandida

​Cantora também quis ser conselheira tutelar. Foto: reprodução/Facebook MC Bandida, batizada pelos pais como Valéria Santana, tentou em vão ser deputada distrital (representante popular do Distrito Federal) em 2014 pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade). Animada com o pleito, apesar dos minguados 237 votos, ela se arriscou também a ser conselheira tutelar do Distrito Federal em 2015, cargo em que seria responsável por atender atender crianças em situação de vulnerabilidade social e/ou famílias desestruturadas. Não conseguiu, de novo.

Adriano Gospel Funk

Funkeiro, evangélico, ex-revendedor do Telexfree, empresa de marketing multinível cujo funcionamento é proibido no Brasil, e candidato a deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PTC, Adriano conseguiu 4.023 votos e não recebeu o diplominha da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O rapaz, porém, faz um sucesso relativo no YouTube com músicas baseadas em ensinamentos bíblicos.

Vovó Funkeira

A senhora Leila Cristina do Nascimento se alistou ao PSDB para tentar a vereança de Campo Limpo Paulista em 2012 e recebeu 75 sufrágios, número inferior até as visualizações de seus educados e fofos vídeos no YouTube, que incluem até uma resposta à MC Carol.

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