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Entretenimento

Após ataques feitos por apoiadores de Bolsonaro, Grindr alerta usuários

O alerta de segurança no início do aplicativo decorre após a onda de ataques de grupos pró-Bolsonaro.
Imagem: Printscreen/Twitter.

Após diversas agressões feitas por apoiadores do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), que se intensificaram logo após os resultados do primeiro turno das eleições, o Grindr, maior aplicativo de relacionamento gay, passou a alertar os usuários sobre os riscos de flertar com pessoas desconhecidas, divulgando várias dicas para se proteger da onda de ataques.

Acredita-se que o feito foi influenciado pelo caso de José Carlos Oliveira Matos, 57 anos, que foi encontrado morto dentro do seu apartamento na última quarta-feira, 3. O cabeleireiro marcou um encontro com um rapaz pelo aplicativo. Segundo testemunhas, o autor do crime exclamou "Viva Bolsonaro!" após o crime.

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Ao iniciar o Grindr, a plataforma logo aponta que membros da comunidade levantaram preocupações sobre os riscos a partir do aumento de violência nesta semana. "Tome as medidas necessárias para manter-se seguro essa semana”, completa. Logo abaixo, há um link que direciona o usuário a um guia de segurança para a comunidade LGBTQ.

Nas dicas, eles alertam para algumas medidas que podem ser feitas: “Se você mora em algum lugar onde ser LGBTQ coloca você em perigo, aqui estão alguns passos importantes que você pode tomar para garantir sua segurança enquanto estiver usando o Grindr”. Ele completa aconselhando aos usuários a não usarem fotos de rosto e realizar encontros apenas com conhecidos de conhecidos e em locais públicos.

Em resposta ao UOL, o aplicativo enviou uma nota dizendo que o comunicado se deve aos casos de violência contra a comunidade LGBTQ+ relatados por diversas organizações locais de direitos humanos que trabalham em parceria com a plataforma. "Após as recentes eleições no Brasil, nosso time decidiu publicar um lembrete de segurança para nossos usuários brasileiros com um link para nosso guia online de segurança, seja para momentos de necessidade ou como um recurso adicional de informação", informa Jack Harrisson-Quintana, diretor executivo do Grindr for Equality.

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