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Capoeirista e líder cultural baiano é morto a facadas após declarar apoio ao PT

Romualdo Rosário da Costa, o Moa do Katendê, de 63 anos, foi atacado em um bar em Salvador por um apoiador do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Foto via página do Facebook de Moa do Katendê

Mestre de capoeira, o baiano Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, foi morto na madrugada de domingo para segunda (8) após uma discussão política em um bar no Engenheiro Velho de Brotas, na região central de Salvador. O boato começou logo após o crime e foi confirmado pela página oficial do artista no Facebook por volta do meio-dia.

Segundo reportado pelo Extra , a discussão começou logo após um eleitor gritar palavras de apoio a Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL. O mestre de capoeira, então, respondeu que preferia o candidato Fernando Haddad (PT). A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia afirmou que foram dadas 12 facadas nas costas de Moa, que foi uma de duas vítimas do ataque junto ao homem de 51 anos, que resistiu aos ferimentos. O homem seria primo de Moa.

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O autor do crime é Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, que foi preso em flagrante pela Polícia Militar e tinha mais dois crimes de origem similar em sua ficha. Paulo disse à PM que estava arrependido.

Um caso similar, que felizmente não terminou em morte, aconteceu a outro artista no final de setembro em Recife. O artista plástico pernambucano Paulo Bruscky foi agredido num bar da cidade por um casal que se disse eleitor de Bolsonaro após um discurso de tom político. O administrador do estabelecimento negou a agressão, mas o ataque foi pego pelas câmeras de segurança do local.

Eventos em homenagem a Moa estão acontecendo em Salvador, hoje às 16h30, no cemitério do bairro Baixa de Quintas, e em São Paulo, no Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô.

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