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Tecnologia

Lambi meu celular para testar o “iTunes de chupar xoxota”

Antes de baixar, talvez seja melhor limpar seu iPhone.

Graças ao novo aplicativo da plataforma de entretenimento adulto CamSoda, agora sei que gosto tem o meu celular. Calma que já explico.

O pessoal que inventou um sistema de aromas para sexo em RV agora está tentando aplacar as disparidades de gênero em tecnologia pornô com um app que convida espectadores de webcams e parceiros sexuais a simularem um oralzão na tela do celular e enviarem o resultado a um vibrador.

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Com muita imaginação e uma boa dose de destreza oral, os usuários lambem a interface, salvam seu melhor desempenho e compartilham com outras pessoas, que podem dar uma olhada e baixar a performance em um vibrador conectado ao aplicativo, chamado de O-Cast.
Os criadores veem o programa como uma nova camada de interação com garotas em webcams, um brinquedo para casais ou apenas uma forma feminina de se divertir com a ajuda de desconhecidos.

Darren Press, vice-presidente da CamSoda, me contou que a língua não se faz necessária de fato. Dá para usar o aplicativo com o dedo ou mesmo no computador.

Crédito: Reprodução/ CamSoda

Não é do meu feitio desprezar a experiência de uso assim, porém. Decidida, entrei no banheiro da firma, limpei bem a tela com álcool — não sei o que vocês fazem com seus aparelhos eletrônicos pessoais, mas a tela do meu celular é uma ameaça biológica — e me tranquei numa cabine para testar o aplicativo a sós.

"Faz ela gozar como nunca gozou antes", implora o aplicativo. É muita pressão, mas aceitei o desafio. Meu celular ainda estava com um forte sabor de álcool, e foi difícil manter a língua na tela e conduzir o pontinho para lá e para cá.

No fim das contas, desisti e continuei com o dedo. Quando você termina uma obra de arte oral, pode batizá-la — os títulos disponíveis no catálogo incluem Mushroom Cloud [Nuvem de Cogumelo, referência a explosões] e Volcano NoNo [Vulcão Proibidão] — e adicionar uma imagem. Dá para baixar as obras de graça até 31 de março. A partir de abril, cada download custará 0,99 dólares.

Eu, particularmente, preferiria futuro estável no quesito saúde reprodutiva ou representação igualitária de gêneros na mídia a um celular coberto de cuspe. Mas o espírito da igualdade está presente, e o entusiasmo já é um bom começo.

Tradução: Stephanie Fernandes