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cenas

O porquê de eu gostar de homens peludos

Não há nada melhor.

Uma vez dormi com um grego. Há duas coisas que podes esperar quando vais para a cama com um gajo helénico. A primeira é que a mãe dele vai passar a odiar-te. A segunda é que, mesmo quando ele estiver nu, estará a usar um resistente fato de pêlo. Vai daí, quando comecei a despir o tal grego, estava à espera de ver um peito cheio de espessos caracóis — um grande campo de erva negra e retorcida, onde pudesse arranhar as minhas unhas e enterrar a minha cara. Mas, em vez disso, descobri que esta floresta tinha sido cultivada e que um campo cheio de remendos começava a crescer no seu lugar. Tentei não mostrar o meu profundo desapontamento enquanto nos beijávamos, mas sempre que punha as minhas mãos no peito dele sentia aquilo tudo áspero. “Rapei o peito”, disse-me ele orgulhosamente. Acho que o gajo não percebeu o meu desânimo. “Ah sim”, respondi eu, “e costumas fazê-lo frequentemente?” Murro: “Ya, gostas?” Só existe uma forma de mentir a um homem — e essa maneira é mostrando as mamas. Saquei do meu sutiã e desapertei-o. "Sim, gosto muito.” Sentir aquele peito rapado contra o meu peito estragou-me, basicamente, a noite. Até mesmo depois de ele ter enfiado um preservativo, arrancado as minhas cuecas e efectuado toda aquela rotina de que os gajos gostam. Só tinha 18 anos nessa altura. E mesmo aí, no meio do torpor de pêlos pubertários, aquilo pareceu-me desnecessário e bizarro. Olhando para trás, compreendo as inseguranças que podem advir de se ser um adolescente grego. Não quero ser preconceituosa sobre o Gajo Que Rapou o Peito porque ele, como toda a gente numa determinada altura da sua vida, sentiu-se diferente e tentou pertencer a qualquer coisa, ser igual. Vindo eu de uma família grega, a maioria dos homens que conheço está coberta de tapetes de cabelo. Ou seja, o pêlo masculino sempre me pareceu necessário e normal. Gosto mesmo, mesmo muito de homens peludos. Acho que gosto mais de homens peludos do que de outros tipos de homens. Quero um homem tão peludo que pareça que pode flutuar na água. Ainda este ano andava a sair com um gajo adorável que, por acaso, era um pateta peludo. Adorava aquela fricção do peito dele a roçar-se no meu. Adorava estar deitada ao lado dele, a passar os dedos no meio do tapete, até voltar a ficar excitada e voltarmos a fazer sexo. Eu sei, nem todos os homens são abençoados com um matagal de cabelos negros, encaracolados e bonitos. Não estou, sequer, a tentar mandar abaixo os homens que, geneticamente, são menos afortunados no que diz respeito a pêlos. Tudo o que quero dizer é que se os tens, pavoneia-os. Não há nada mais sexy do que uma floresta de cabelo a rocar-se na minha cara, enquanto fodemos loucamente.