Colin Kaepernick recebendo o SI Muhammad Ali Legacy Award durante a premiação Sportsperson of the Year da Sports Illustrated 2017, 5 de dezembro de 2017, Barclays Center, Nova York. Foto: Slaven Vlasic/Getty Images para Sports Illustrated
Nesta terça-feira, conservadores americanos responderam à decisão da Nike de usar o quarterback da NFL Colin Kaepernick como rosto de sua nova campanha colocando fogo nas próprias roupas. As hashtags no Twitter #JustBurnIt e #BoycottNike começaram a surgir depois que a empresa anunciou que Kaepernick estrelaria a campanha de 30 anos “Just Do It”.“Primeiro a NFL me obriga a escolher entre meu esporte favorito e meu país. Escolho o país”, disse o usuário do Twitter Sean Clancy. “Agora a Nike me obriga a escolher entre meu tênis favorito e meu país.”Clancy é um dos vários usuários do Twitter a postar vídeos colocando fogo em suas peças da Nike. Um cliente enfurecido mijou em seus tênis em protestos; outro queimou cinco pares de tênis enquanto o hino nacional tocava ao fundo:
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Kaepernick, que está processando a liga por supostamente colocá-lo numa lista negra, anunciou a campanha postando um close de seu rosto com a mensagem: "Acredite em alguma coisa. Mesmo que isso signifique sacrificar tudo."
O quarterback, que atualmente não tem contrato com nenhum time, é patrocinado pela Nike desde 2011, mas não tinha aparecido em nenhuma propaganda da empresa nos últimos anos.O ex San Francisco 49ers desencadeou um movimento entre atletas profissionais em 2016, quando se ajoelhou durante o hino nacional antes do jogo como um protesto contra a violência policial enfrentada pelos afro-americanos.
O presidente dos EUA Donald Trump tem criticado repetidamente atletas que seguem Kaepernick nesse tipo de protesto, pedindo à NFL para multar ou até demitir os jogadores envolvidos.Segundo o jornal Valor Econômico, as ações da Nike caíram 3,16% nesta terça na Bolsa de Valores de Nova York, cotadas a US$ 79,60, após a empresa divulgar a contratação do jogador.
Matéria originalmente publicada na VICE News US.Leia mais sobre esportes no canal VICE Sports.
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