DENÚNCIAS
Quando viu uma catraca (mais conhecida em Belo Horizonte como roleta) na entrada do estabelecimento, a jornalista conta ter recorrido ao segurança do local para entender por onde deveria entrar. "Ele respondeu que eu podia 'guardar a mochila no armário'. Falou isso alto, pra todo mundo ouvir. Fiquei sem graça e respondi que não foi essa a pergunta que fiz", relembra a mineira."Olhei pra dentro do supermercado e todas as mulheres que meus olhos avistaram estavam de bolsa. Nisso, outro rapaz passou com uma bolsa estilo carteiro. O segurança não disse nada para ele", conta Etiene, que resolveu adentrar o local para conversar com o gerente responsável. "Quando eu fui rodar a roleta, o segurança tirou o cassetete que estava na cintura. Fiquei com medo e perguntei pra ele: 'O senhor acha que eu vou roubar?'. Perguntei alto, pra realmente chamar a atenção das outras pessoas. Ele falou: 'São pessoas como você que roubam aqui'."São pessoas como você que roubam aqui.
Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram.O QUE FAZER EM CASO DE RACISMO
- Para quem for vítima ou testemunhar um caso de racismo, as orientações são para que procure uma autoridade policial e peça a ela que cesse a ação criminosa;
- Em casos de flagrante, o autor do crime deve ser preso. Também é importante permanecer no local da ocorrência e identificar possíveis testemunhas, pedindo seus nomes e contatos;
- É importante registrar a queixa na Delegacia de Polícia Civil mais próxima, narrando o ocorrido com o máximo de detalhes e fornecendo os nomes das testemunhas, além de pedir ao policial para anotar na queixa o desejo de que o agressor seja processado e o crime investigado por meio de um inquérito e não por Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO);
- Nos casos em que a autoridade policial se recusar a fazer o registro, a vítima deve procurar a Ouvidoria da Polícia Civil para denunciar a falha na conduta do atendente, levando à apuração do caso. Em Brasília, a entidade pode ser acionada pelos telefones (61) 3207-4925/ 4928 e 3245-7525, pelo endereço eletrônico ouvidoria@pcdf.df.gov.br
Fonte: Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir)