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Entretenimento

Segundo um Administrador do Demonoid, O Torrentfreak Está Falando Merda

O Demonoid dividia um espaço na internet com o ainda vivo Pirate Bay. Ao invés de hospedar um monte de materiais com copyright nos seus próprios servidores como o Megaupload fazia.

O súbito fim do Megaupload deixou um buraco do tamanho do Kim Dotcom na internet, bem no lugar em que os filmes estavam. Pra alguém como eu, que tem baixado filmes, música e videogames do lado errado da lei desde que peguei por IRC uma cópia gravada no cinema do primeiro Todo Mundo Em Pânico, não foi difícil ser criativo depois da morte do Megaupload. Pra simplificar, pelo menos eu ainda tinha o Demonoid.

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Se você não sabe o que é/era isso, o Demonoid dividia um espaço na internet com o ainda vivo Pirate Bay. O Demonoid não hospevar um monte de materiais com copyright nos seus próprios servidores como o Megaupload fazia, ele servia mais de 50 mil arquivos únicos de torrent de televisão e quase 75 mil torrents únicos de filmes que apontavam o usuário para conteúdo livre de direitos autorais distribuído em milhares de computadores diferentes pelo mundo todo.

Esse método de distribuição dispersa que passava os arquivos de mão em mão até que fossem indetectáveis parecia ser uma forma pra fugir dos estraga prazeres do governo norte-americano totalmente à prova de idiotas. Isso tudo mudou semana passada, quando o Demonoid desapareceu repentinamente. As primeiras informações diziam que ele tinha sofrido uma ataque DDOS, que é quando um bando de hackers tocando a campainha tantas vezes que eles param de atender a porta pra todo mundo, mas aí o TorrentFreak entrou na roda e culpou os EUA.

Cubro a ascensão do Demonoid desde 2009, então quando o TorrentFreak afirmou que eles tinham sido chutados à força da internet, possivelmente uma cortesia do governo norte-americano, entrei em contato com um dos administradores do site. Já tinham me falado que qualquer informação vinda do TorrentFreak era “tão confiável quanto a Fox News” e que “qualquer coisa que eles diziam devia ser recebida com um pé atrás”. Uma revelação que me desapontou, já que o TorrentFreak parecem ser a fonte de notícias mais dedicada sobre qualquer assunto relacionado com compartilhamento de arquivos. Mas o site se chama “TorrentFreak”, então acho que não devia ter ficado tão surpreso.

A afirmação do TorrentFreak de que a sede do Demonoid ficava no México também foi explicitamente negada por nossa fonte da administração, que nos disse o seguinte: “O time do Demonoid vem de várias partes do mundo, mas nenhuma equipe está ou é do México”.

Quando perguntei descaradamente se o fechamento tinha algo a ver com o governo norte-americano, a resposta dele foi clara: “Eles tentam fechar o Demonoid desde o primeiro dia”.

Enquanto tentamos ser otimistas pelo futuro de um método de distribuição de entretenimento que abarca o poder de um mundo digitalmente conectado e também joga alguns dólares para os artistas no processo, a batalha atual entre a turma mais esclarecida da internet e a ultrapoderosa aplicação da lei é desencorajadora. Como meu contato da administração do Demonoid me disse em fevereiro: “A grande mídia sempre vai tentar esmagar qualquer ameaça potencial aos seus lucros, mesmo quando a ameaça é puramente imaginária. Vários estudos já mostraram que as pessoas que baixam música também estão entre os maiores compradores de música. A grande mídia é como o lobo mau. Eles podem derrubar algumas das casas, mas não todas. E essas casas sempre podem ser reconstruídas”.