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Exército brasileiro admite ter atuado com o Governo de SP no controle das manifestações

O general Eduardo da Costa Villas Boas informou que o capitão o capitão Willian Pina Botelho estaria acompanhando os manifestantes que foram presos em ato "Fora, Temer".

O Exército brasileiro admitiu que houve uma cooperação junto ao Governo do Estado de São Paulo na operação que prendeu 21 pessoas em frente ao Centro Cultural de São Paulo no dia 4 de setembro antes da manifestação contra Michel Temer.

Os manifestantes tinham um grupo virtual onde combinavam de ir juntos aos protestos. Infiltrado, o capitão Willian Pina Botelho se juntou ao grupo sob nome de Balta Nunes para relatar as supostas ações ilícitas à Polícia. Após a reportagem da Ponte Jornalismo ter revelado a identidade verdadeira do militar, o Ministério Público de São Paulo informou que iria investigar para verificar se houve alguma ilegalidade na operação.

Leia:"É oficial que o Oficial do Exército que teria se infiltrado entre manifestantes será investigado"

Nesta terça (18), o general Eduardo da Costa Villas Boas, comandante-geral do Exército, admitiu em uma entrevista à rádio Jovem Pan que houve a uma interação entre as duas instituições e que o Exército tem sido demandado para "o cumprimento de várias missões fora da nossa esfera de responsabilidade primordial" e que também não há uma preocupação a respeito da legalidade da ação. Segundo o comandante, o capitão Willian Pina Botelho estaria acompanhando os manifestantes que foram presos.

Na época da prisões — revogadas por falta de provas —, o Comando da Polícia Militar informou desconhecer envolvimento do Exército na operação.

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