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Esta IA previu qual seleção será a campeã da Copa do Mundo 2018

Foram mais de 100 mil simulações para chegar até o resultado.
Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Copa do Mundo chegou, os bolões já estão aí e muita gente não sabe nem por onde começar as apostas. Normal: desde a morte do saudoso polvo Paul, o mundo ficou órfão de um método confiável de previsões. Mas isso pode estar para mudar.

Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Dortmund, na Alemanha, utilizaram, nos últimos dias, uma inteligência artificial para prever quem será campeão do principal torneio futebolístico. Com uma abordagem pouco mais científica do que a dos animais videntes, eles aliaram métodos estatísticos tradicionais com aprendizado de máquina.

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O robô utilizou o método conhecido como Random Forest. Ele usa diversas árvores de decisão avaliadas com diferentes conjuntos de treinamento da máquina. Com isso, os cientistas conseguem determinar quais fatores são mais ou menos relevantes na hora de determinar o resultado dos confrontos.

De início, foram adicionadas uma grande variedade de dados sobre os clubes que participam do torneio. Com o tempo foi se verificando que, além dos rankings da FIFA e estatísticas de empresas especializadas em apostas esportivas, atributos como número de jogadores na Champions League e PIB dos países tiveram maior influência nos resultados. Por outro lado, fatores como população do país e nacionalidade do técnico da equipe se mostraram menos relevantes. Ao final do experimento, as previsões foram obtidas depois de rodar o programa que simula o torneio inteiro cerca de 100 mil vezes.

Outro elemento relevante na forma como o algoritmo usado trabalha é a própria estrutura da Copa. Conforme as fases vão passando, as chances de vitória ou derrota também são afetadas de acordo com os clubes que jogam. Inicialmente a Espanha aparece como a favorita, com 17,8% de chances de ser a campeã (isso antes de terem demitido o técnico às vésperas da competição, ok). A equipe é favorecida por não encontrar oposição forte até as quartas de finais do torneio. Em segundo lugar aparece a Alemanha com 17,1%, e o Brasil vem em terceiro com 12,3%.

Curso mais provável da fase de chaves da Copa. Crédito: reprodução

Apesar das estatísticas mostrarem que o país ibérico têm boas chances de vitória, as simulações mostraram que o curso mais provável do torneio pode não agradar aos espanhóis, já que o time perderia para a Alemanha nas semifinais. Os brasileiros também não ficariam muito contentes com esse curso dos fatos. A final, dizem os cientistas, seria entre Brasil e Alemanha, com mais uma vitória dos alemães.

Embora seja uma previsão matemática e baseada em dados, vale lembrar que nem sempre os dados apontam para o que vai acontecer. Ninguém esperava que a seleção da Costa Rica chegasse até as quartas de finais em 2014 ou que, sei lá, o Brasil perdesse de 7 a 1. Muita calma nessa hora, entusiastas de bolões e big data: o futebol é imprevisível. Ainda bem.

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