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Tecnologia

​Pornô de Realidade Virtual em 360º É Ótimo para Ver Qualquer Coisa Menos Sexo

Quem aí tem tesão em espiar quadros, janelas, vasos e roupas pelo chão?

Com a chegada de headsets de realidade virtual como o Oculus Rift, Project Morpheus, Vive e outros, uma série de empresas compete pelo inevitável e pulsante mercado pornô de realidade virtual.

Uma nova startup chamada VirtualPorn360 espera se diferenciar das outras ao se tornar "a primeira empresa do mundo a transmitir e comercializar experiências pornográficas em 360 graus para aparelhos de realidade virtual como o Oculus Rift".

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Eu sei o que você está pensando. Não falta pornografia de realidade virtual no mundo. Para citarmos alguns exemplos, a empresa de brinquedos sexuais Tenga está desenvolvendo uma espécie de braço robótico para experiências mais imersivas e o Chathouse 3D é tipo um World of Warcraft do sexo virtual.

A real é que a concorrente americana VirtualRealPorn já faz um lance bem parecido com a VirtualPorn360. A companhia americana também grava atores e atrizes com câmeras especiais para criar uma experiência de imersão, com a diferença de que oferece uma visão de apenas 180 graus com os atores sendo o ponto focal enquanto a novata VirtualPorn360, como o nome sugere, tem uma visão completa de 360 graus.

Isso significa que, com o VirtualPorn360, você pode olhar para outra coisa fora o casal (ou o trio ou o quarteto ou sei lá) transando em um sofá de couro falso. Dá para espiar os detalhes do apartamento, os quadros, a janela… Mas, pera aí, por que você faria isso?

Se você quer conferir como funciona, basta baixar uma amostra do site da VirtualPorn360 e ver no seu Oculus Rift (versões DK1 e DK2 disponíveis). Uma alternativa menos imersiva é ver o trailer em cima desta notícia via o recurso de 360 graus que o YouTube liberou no começo desse ano. (Para não ser passado para trás pelo Google, o Facebook logo permitirá que você compartilhe esses vídeos com seus amigos e família graças ao seu player de vídeo em 360 exclusivo.)

E caso você queira ver amostras mais explícitas, é só baixar o vídeo do site da empresa e, no escuro do seu quarto, dar uma olhada com um player de vídeos em 360 gratuito como o Kolor Eyes.

Sinceramente, não sei por que alguém faria isso. Deixando de lado a Regra 34, que postula que tem gente lá fora que se excitaria com a possibilidade de não assistir ao sexo e se contentar com os gemidos exagerados e barulho de carne batendo enquanto olham para outra coisa, isso não parece lá muito útil ou sensual.

Talvez as produções futuras consigam nos colocar no centro de orgias dignas de Calígula em que estaremos cercados de putaria não importando para onde se vire. Por enquanto, porém, a VirtualPorn360 sofre do mesmo mal que as outras empresas de realidade virtual: a tecnologia está aí, mas ninguém sabe o que fazer com ela.

Tradução: Thiago "Índio" Silva