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Tecnologia

​Mais Gente Passou a Comprar Drogas na Deep Web Depois que Fecharam o Silk Road

Ecstasy em pó, LSD e comprimidos de MDMA estão no topo da lista de drogas compradas online, diz relatório.

Crédito: Flickr/ National Crime Agency

O encerramento das atividades do Silk Road há dois anos não impediu que as pessoas continuassem a comprar drogas na rede. Na verdade, mais pessoas passaram a usar internet — a deep web, inacessível por navegadores comuns — para buscarem narcóticos.

O FBI fechou o Silk Road em outubro de 2013 e há pouco condenou seu criador, Ross Ulbricht, à prisão perpétua. A agência disse que se tratava do "mais sofisticado e extenso comércio criminoso da rede" e que seu fechamento reduziria as atividades ilegais na internet.

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Não rolou. A Pesquisa Global de Drogas de 2015, apanhado geral anual dos hábitos de consumo de drogas mundial feito a partir de pesquisa com 100.000 pessoas em 50 países, mostra que tem mais gente usando a deep web para comprar seus narcóticos.

As pessoas recorrem à internet porque há menos riscos envolvidos na transação, a qualidade do produto é maior e também pela "remoção da venda de drogas nas ruas", afirmaram os participantes. Quase metade dos entrevistados afirmou usar a deep web para comprar "o mesmo tipo" de drogas enquanto um terço afirmou comprar uma "linha mais ampla".

Ecstasy em pó, LSD e pílulas de MDMA (abreviação de metilenodioximetanfetamina) estavam no topo da lista de drogas compradas online. Enquanto isso, a maconha (hidropônica, herbácea e resina, respectivamente), ocupou do quarto ao sexto lugar, a cocaína era a sétima mais popular.

Em 2014, 25% afirmaram que aquele havia sido o primeiro ano que compraram drogas pela internet — um aumento de 9% em relação anterior.

Vale comentar que três dos quatro lugares em que as pessoas mais admitiram terem comprado drogas online eram países escandinavos, levando os pesquisadores a escreverem que "políticas de tolerância zero levam as pessoas que gostam de drogas a outras fontes". Os EUA ficaram em sétimo lugar; o Brasil, na vigésima segunda.

Tradução: Thiago "Índio" Silva