Estamos Maravilhados com os Cartazes de Turismo Exoplanetário da NASA
​Turismo exoplanetário, estilo anos 50. Créditos: NASA-JPL.

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Estamos Maravilhados com os Cartazes de Turismo Exoplanetário da NASA

2015 mal começou, e astrônomos já produziram notícias o bastante para nos entreter durante o ano todo.

2015 mal começou, e astrônomos já produziram notícias o bastante para nos entreter durante o ano todo. Nos últimos dias, o telescópio espacial Kepler detectou seu milésimo exoplaneta, voluntários ajudaram a NASA a identificar um milhão de habitats planetários, e os mundos mais parecidos com a Terra já descobertos foram anunciados — e essa é apenas a página de destaques.

Fica claro que os mistérios dos mundos alienígenas estão sendo rapidamente resolvidos, e o fluxo constante de novas revelações contribui com a gasolina de alta octanagem que abastece nossos devaneios. Para nossa sorte, o PlanetQuest, projeto de computação da NASA criado para a busca de novos planetas, lançou cartazes artísticos incríveis para nos ocupar enquanto ainda não podemos fazer viagens ao estilo de Interstellar até os outros mundos.

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Atribuídos ao Bureau de Viagens Exoplanetárias (infelizmente ficcional), os cartazes são propagandas para viagens retrofuturistas e destacam as atrações especiais dos destinos exoplanetários. O cartaz abaixo, por exemplo, retrata Kepler-16b, o primeiro exoplaneta a ser detectado em um sistema estelar binário. Isso significa que o planeta orbita dois sóis, uma espécie de monstruosidade digna de Star Wars.

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O cartaz é um pouco impreciso porque o planeta Kepler-16b é um gigante gasoso, então não há muita superfície para um astronauta fazer duas sombras. Mas é legal saber que há mundos onde sóis nascem e se põem várias vezes. Inclusive, astrônomos já descobriram mundos terrestres com múltiplos sóis também, então um planeta como Tatooine, repleto de Banthas, gangues deploráveis, escória e vilania, não está totalmente fora de questão.

Outro planeta que ganhou uma reformulação retrô do PlanetQuest foi o HD 40307g, que é oito vezes mais massivo que o nosso mundo.

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Em termos de classificação, o planeta está preso em algum lugar entre ser uma "SuperTerra" e um "MiniNetuno", mas de qualquer forma, a gravidade de lá deve ser paralisante. Seria um bom destino de férias para descanso e relaxamento, até porque não haveria muito mais o que fazer, graças ao poço de gravidade intensa.

O último da série é uma representação de Kepler-186f, que, conforme os registros, era o planeta mais semelhante à Terra até ontem, quando Kepler-438b e Kepler-442b o destronaram.

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Apesar de ter sido ofuscado pelos doppelgängers mais novos da Terra, o planeta Kepler-186f ainda é intrigante para os cientistas e para quaisquer viajantes futuros sortudos o bastante para ir até lá. Foi o primeiro planeta do tamanho da Terra a ser descoberto na zona habitável de sua estrela, e embora seja bem mais frio que o nosso planeta, é um candidato promissor para conter vida.

Conforme o PlanetQuest observa, o fato de Kepler-186f orbitar uma estrela anã vermelha pode indicar que qualquer vida fotossintética que se desenvolver no planeta será vermelha, não verde, para maximizar os comprimentos de onda únicos da estrela. Naturalmente, o planeta ainda tem cercas de estacas brancas — esse é um padrão universal.

Esperamos que a NASA continue a comissionar obras vintage assim. Com a contagem de exoplanetas aumentando cada vez mais, inspiração não falta. De mundos instáveis a planetas de diamante, astrônomos já descobriram que há uma vasta diversidade universo afora. Enquanto não pudermos conferir esses destinos por conta própria, precisaremos de cartazes assim para saciar a vontade de explorar.

Tradução: Stephanie Fernandes