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Os Gregos vs Os Donos - a porrada segue dentro de momentos

Cheira a porrada lá para os lados da Hélade. Cheira cheira.

É guerra sem quartel. O conto Europeu a precipitar-se no buraco negro voraz e impiedoso da ditadura económica e nós a assistirmos de bancada ao estertor. Tudo porque os comilões do costume, com a sobranceria do costume e o beija-mão do costume a levantar-lhes a garupa como de costume se sentiram ameaçados por uns rufias lunáticos e desesperados que ousaram mudar de ideias, de líderes e de modos.

Não é só por isso diz de imediato quem sabe de economia, finanças, política, geopolítica e o diabo a quatro. E há tanta gente que sabe. Esgotam-se as palavras, os comentários, as análises, as páginas de jornais e as horas de emissão com tanta gente que sabe de caraças. Não é só por isso, mas um gajo no café, no estádio, na esplanada da praia ou no autocarro para Queijas, sabe que é. Só pode ser. Comilões de outros tempos, donos de tudo, patrões das senzalas, que já não durarão outra geração, mas que enquanto duram e mandam, hão-de mandar e durar. Nunca ninguém os tinha mandado foder, muito menos em mangas de camisa.

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Estava tudo tão bem montadinho, tudo tão amochadinho, tudo a aprender tão bem e tinham de vir os tresloucados do costume com as suas experiências insanas entornar o caldo. Onde é que já se viu não votar ao centro? Ora nuns, ora noutros, mas ao centro. Era sempre assim e corria tão bem. Emprestavam à grande, os imbecis estoiravam à bruta e depois os do costume pagavam a quintuplicar. Paga e não bufa. Tudo certo. Como é que podia falhar? Mesmo quando falhou ninguém bufou. Que maravilha. Engorda. Incha.

É até ao dia… como diziam os teus pais. O dia foi agora. Os alucinados dos gregos acordaram e acordaram-nos. Queimaram as gravatas e desataram à porrada. No fim - neste fim de agora, porque o fim está longe e estão sempre a dizer que "o caminho vai doer" - voltaram a levar mais do que o que deram. É normal. Aos malucos acontece-lhes sempre isso. Lembrem-se do gajo mais maluco do Liceu e vão ver. Mas os malucos também têm sempre uma vantagem. Abrandam, respiram um bocado, dizem "tá bem, ganhaste", apertam a mão assim à "pata mole", e passado um bocado, quando o outro está de costas, enfiam-lhe um banano na nuca e desatam ao pontapé em modo mosh pit.

Cheira a porrada lá para os lados da Hélade. Cheira cheira. "I fought the law and the law won"?. A ver vamos.