A decisão do governo brasileiro de reverter o decreto que permite mineração na Amazônia foi comemorada por ambientalistas na última segunda-feira (25).A guinada veio depois de grande comoção entre militantes, celebridades e a Igreja Católica.A reserva foi estabelecida em 1984 para proteger a área – lar de três tribos indígenas, rica em depósitos de ouro, cobre e minério de ferro, e uma grande parte da floresta amazônica – da exploração por mineradoras.Mês passado, oficiais brasileiros abriram a área para mineração, alegando que a ação traria benefícios para as comunidades locais e permitiria uma maior supervisão governamental sobre uma indústria afetada por operações ilegais, muitas ocorrendo dentro da própria reserva.A decisão foi duramente criticada por vários grupos, incluindo organizações de defesa ambiental, oficiais da Igreja Católica e até pela supermodelo brasileira Gisele Bündchen.
A proibição de mineração na Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados), uma reserva natural no norte do Brasil que cobre uma área maior que a Dinamarca, será oficialmente reinstaurada pelo presidente Michel Temer nesta terça (26).
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Marcio Astrini, um coordenador de políticas públicas do Greenpeace Brasil, disse que a decisão foi "uma vitória da sociedade sobre aqueles que querem destruir e vender nossa floresta", e disse que isso mostra que nenhum governo é "absolutamente imune" à pressão.Preservar a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, é visto como essencial nos esforços para combater o aquecimento global, já que as árvores têm um papel importante na absorção de emissões de carbono.Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram.