Esta matéria foi originalmente publicada na iD-US .1. KidsÓbvio, né. Clark nos deu Kids, um filme considerado tão polêmico na época de seu lançamento, em 1995, que um crítico o chamou de "pornografia limítrofe". Mas a longevidade do filme — celebrada ano passado numa série de eventos de reunião para marcar seu 20º aniversário — ilustra como sua narrativa destruidora de tabus de sexo explícito, drogas e skate se tornou um retrato definitivo da juventude dos anos 90 em fluxo.
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5. Ele nos deu uma lição de antiestiloKids de Clark continua parte da apostila da moda 20 anos depois por sua aderência casual a marcas — Converse, York, Ralph Lauren — e absoluto desdém por regras de estilo.6. Que a American Apparel seguiuAssista ao filme, depois compre o look. As peças, estilo e propagandas igualmente explícitas da America Apparel vieram direto da cidade do Larry.7. Ele introduziu os skatistas na festaVocê pode achar que skatistas são legais hoje, mas nem sempre eles foram considerados assim. O filme trouxe a cultura do skate para um público maior enquanto marcas como Supreme estavam tomando impulso. A Supreme tinha acabado de abrir sua primeira loja quando Kids foi lançado e a companhia contratou Gio Estevez, que recentemente disse ao Guardian: "O skate nem sempre foi legal. A gente aparecia numa festa e todo mundo fazia cara feia, tipo 'Ai, quem convidou os skatistas? Merda. Esconde a cerveja'". Trazendo a cultura do skate para o mainstream também quer dizer que Larry é responsável por "Sk8er Boi", a ode aos moleques do carrinho de Avril Lavigne de 2002. Não dá pra ter tudo na vida.8. Ele também teve alguma responsabilidade por SkinsA garotada dos anos 2000 da série dramática transportou as drogas e sexo inconsequente de Manhattan para Bristol. Surpreendentemente, funcionou.9. Tem também BullyCom todo o barulho sobre Kids e Ken Park, outro filme notório de Clark que apresentava garotos fazendo asfixia autoerótica e ejaculando, o resto da obra do diretor pode passar despercebida. Bully – Juventude Violenta, baseado na história real de amigos que decidem assassinar um garoto de seu grupo depois que ele os abusa física e sexualmente, apresenta todos os tropos chocantes padrões de Clark, mas também é cru e impassível — talvez seu trabalho mais sério. O filme também mostra a principal intenção de Clark, ser real sobre o tema de um jeito que o lendário crítico de cinema Roger Ebert descreveu como "mostrando o blefe dos filmes que fingem ser sobre assassinato, mas são sobre entretenimento… Clark não é um adulto de fora objetificador, mas um artista que mergulhou em sua paisagem mental adolescente".10. Ele é um dos maiores documentaristas da vida adolescentesNuma entrevista para o Guardian, Clark disse que o melhor elogio que já recebeu foi de um garoto sobre Kids: "Aquilo não é um filme. Aquilo é a vida real".Tradução: Marina SchnoorSiga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram.