Fotografias vibrantes das corridas de pombos em Cuba

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Fotografias vibrantes das corridas de pombos em Cuba

A vida de um corredor de pombos e das suas magníficas e coloridas aves em Havana.

Este artigo foi originalmente publicado na VICE USA.

Há cerca de dois anos, conheci um homem chamado Erislandy, um cubano que participa em corridas de pombos e que é conhecido em Old Havana por pintar as penas dos seus pombos com cores fluorescentes. Para Erislandy e outros por todo o país, criar pombos para corridas pode ser uma boa maneira de fazer dinheiro (quando o teu pássaro começa a ganhar provas, por exemplo, podes vender os filhos do campeão a outros participantes).

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Na maior parte dos casos, Erislandy pinta os seus animais de verde e amarelo, cores que representam a sua província. Para além disso, assim são mais identificáveis - mais luxuosos, captam mais a atenção. Compete durante todo o ano. Participa no chamado picadero, em que são colocados 20 ou 30 pombos machos e uma fêmea, para a levar a acasalar (ganha quem ela escolher). E compete em muitas das 24 corridas organizadas pela Federación Colombófila de Cuba, uma organização que junta mais de 300 donos de pombos-corrida, oriundos da capital e não só.

Um retrato de Erislandy com penas pintadas

Tive a sorte de poder assistir a uma destas corridas. As pessoas colocam os seus pombos-correio espalhados por Cuba, em sítios de destino diferentes e largam-nos todos ao mesmo tempo. O pássaro que regressar a casa com a maior distância percorrida em menos tempo, é declarado o vencedor.

É extraordinário ver estes pombos. Ainda não existem certezas quanto ao porquê destas criaturas serem capazes de encontrar o caminho de volta. Há quem acredite que têm um tipo de "bússola" no cérebro. De qualquer forma, com ou sem bússola, muitos deles não regressam. Infelizmente, alguns perdem-se ou são mortos. Outros morrem de exaustão.

Para além de assistir à corrida, passei uma semana inteira com Erislandy, a aprender sobre a criação de pombos e a sua vida como corredor.

Abaixo podes ver uma colecção de fotografias do tempo que passámos juntos.

Erislandy mostra-me como pinta os pombos. O processo de coloração não magoa ou causa qualquer lesão às aves

Erislandy dentro de uma gaiola, onde vivem muitos dos seus pombos

Um corredor de pombos sincroniza o seu cronómetro vintage e prepara-se para a a competição

Erislandy fez anilhas com a minha foto e colocou-as em três dos seus pombos

Todos os pombos de competição são colocados em caixas de metal e transportados de camião para vários pontos do país. Depois são libertados ao mesmo tempo e a corrida começa

Erislandy limpa a comida dos pombos com água e depois espalha-a no telhado de casa para secar

Pombos-correio em descanso

Para evitar qualquer tentativa de batota, cada pombo leva um pequeno relógio que é retirado quando chega a casa. Depois, os tempos são comparados

Erislandy mostra alguns dos seus pombos coloridos. As cores que utiliza representam determinadas regiões, mas por vezes ele pinta-os, simplesmente, para os tornar mais bonitos e elevar o preço de venda

Há cinco participantes femininas que competem em Havana. Ines é uma dela e juntamente com o marido é também a responsável da Federación Colombófila de Cuba, que organiza as corridas de pombos-correio. Nesta imagem, Ines mostra-me um ovo de uma das suas aves

“El maestro” é o mentor de Erislandy e o homem que lhe ensino tudo o que sabe sobre corridas e criação de pombos. Há dois anos eu tinha fotografado um dos seus pombos e ele emoldurou a foto

Um ovo chocado, dentro da gaiola de Erislandy

Erislandy ensina tudo o que sabe a sete alunos, a quem dá com frequência pombos pequenos para que aprendam como os criar

Erislandy mostra um dos seus pombos coloridos ao pôr-do-sol


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