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Motherboard

As 25 Imagens mais Incríveis do Telescópio Espacial Hubble

Do espaço profundo até o nosso quintal cósmico, o Hubble já viu de tudo.

Com mais de um milhão de observações feitas ao seu redor e 700.000 imagens icônicas sob seu nome, o Hubble é, certamente, uma das histórias de maior sucesso científico de todos os tempos.

Hoje, comemoramos o 25º aniversário de lançamento do Telescópio Espacial Hubble (HST), um marco que será celebrado por entusiastas do espaço ao redor do mundo. Aliás, o fato de que seu observatório continua totalmente operacional um quarto de século após seu lançamento é um testemunho da habilidade e visão da colaboração entre NASA e ESA que tornou possível sua construção.

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Apesar de seus primeiros anos tumultuados e dos avanços dos voos espaciais desde os anos 1980, o Hubble ainda fornece as melhores resoluções em alcance de comprimento de onda ótico e ultravioleta do mundo. Mesmo alcançando a idade avançada, o Hubble se mostrou uma espaçonave extremamente resistente, que ainda produz descobertas novas e imagens impressionantes todos os dias.

Desde a revelação de panoramas exóticos do espaço profundo até a captura de mundos em nosso próprio sistema solar, o Hubble tem sido o portal público da humanidade por toda uma geração. Para homenagear esse telescópio único, em suas bodas de prata, apresentamos uma seleção de nossas 25 imagens favoritas, repleta de colisões galácticas, nebulosas magníficas e aproximações de planetas familiares. Bom proveito!

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Crédito: NASA/ESA/Hubble Heritage (STScI/AURA). A. Nota (ESA/STScI) e o Westerlund 2 Science Team.

Esta imagem do aglomerado de estrelas Westerlund 2 é uma novidade da imprensa do telescópio, e foi divulgada ontem como parte da comemoração de aniversário. Westerlund 2 está a cerca de 20.000 anos-luz de distância e contém cerca de 3.000 estrelas.

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Crédito: NASA, ESA e o Hubble SM4 ERO Team.

Em 2009, o Hubble utilizou uma nova câmera de campo profundo para obter imagens da (adequadamente nomeada) Nebulosa da Borboleta, localizada a 3.800 anos-luz de distância na constelação de Escorpião.

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Crédito: NASA e E. Karkoschka (Universidade do Arizona).

O Hubble mostra que Saturno é muito mais assustador nas ondas ultravioletas do que nas óticas.

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Crédito: NASA, ESA, H. Teplitz e M. Rafelski (IPAC/Caltech), A. Koekemoer (STScI), R. Windhorst (Arizona State University) e Z. Levay (STScI).

Dezenas de galáxias distantes estão visíveis a cada fotografia da série espetacular de imagens do Campo Ultraprofundo do Hubble.

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Imagem: NASA, ESA e o Hubble Heritage Team (STScI/AURA).

O site do Hubble descreve a peculiar Nebulosa de Cabeça de Cavalo como "uma visão que emerge de ondas da espuma interestelar", uma caracterização precisa. Esse berçário de estrelas está localizado a cerca de 1.500 anos-luz no complexo estelar Nuvem Molecular de Orion (também conhecido como Cinturão de Orion).

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Crédito: Raghvendra Sahai e John Trauger (JPL), o WFPC2 science team e a NASA.

Este olho de Sauron gigante é uma estrela agonizante no centro da Nebulosa da Ampulheta. Localizado a 8.000 anos-luz de distância, as auras aneladas dessa estrutura encantadora são resultado dos fortes ventos da estrela.

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Crédito: NASA, ESA, G. Schneider (Universidade do Arizona) e o HST/GO 12228 Team.

Por falar em globos oculares esquisitos, este é outro dos achados do Hubble: o disco protoplanetário do jovem sistema solar HD181327, localizado a 169 anos-luz. Percebe-se que não é difícil para o Hubble olhar para o universo e perceber que o universo olha de volta para ele.

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Crédito: NASA e o Hubble Heritage Team (STScI/AURA).

Esta imagem de 2003 de Messier 104, também conhecida como a galáxia do Sombrero é um vislumbre raro de uma galáxia luminosa visto de uma perspectiva lateral.

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Crédito: NASA, ESA, N. Smith (Universidade da Califórnia, Berkeley) e o Hubble Heritage Team (STScI/AURA).

Qualquer telescópio pode capturar fotos amplas de uma nebulosa, mas é necessário um profissional do tipo do Hubble para oferecer uma aproximação em alta resolução como esta da Nebulosa Carina, localizada a 7.500 anos-luz.

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Crédito: NASA/ESA/Hubble Space Telescope.

Esta imagem ultravioleta de Vênus foi tirada em 1995, quando o Hubble estava superando alguns de seus primeiros problemas mecânicos. Apesar de ser mais básica do que as demais imagens apresentadas, ainda é possível notar algo cativante nessa aproximação de nosso irmão gêmeo parcialmente obscurecido.

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Crédito: NASA, ESA e o Hubble Heritage Team (STScI/AURA).

Esta dança gravitacional entre duas galáxias foi capturada pelo Hubble em dezembro de 2010. No comunicado à imprensa sobre a imagem, a NASA a chamou de "uma rosa feita de galáxias". Então, se você é romântico(a) e quer superar aquela frase do George Bailey que fala sobre enlaçar a lua, eis um bom candidato.

Este monte de gás e poeira ondulante se chama N49 ou DEM 190 e é o cadáver de uma estrela. Sua morte explosiva teria sido visível há milhares de anos, e agora seu vestígio assombrosamente belo permanece visível por meio do Hubble.

Nesta imagem, uma estrela vermelha gigante e variável chamada V838 Monocerotis ilumina a nuvem de gás interestelar circundante com rajadas energéticas de luminosidade. Essa estrela enigmática está localizada a 20.000 anos-luz e teve um reinado breve como uma das estrelas mais brilhantes da Via Láctea.

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Crédito: Equipe do Hubble Space Telescope Comet e a NASA.

O Hubble capturou a imagem do impacto do cometa P/Shoemaker-Levy 9 com o planeta Júpiter em julho de 1994, o que marcou a primeira observação direta de uma colisão entre dois corpos dentro do sistema solar. Os locais do impacto são visíveis na forma dos pontos marrons na parte superior da imagem, como uma mancha planetária gigante.

Outra bela imagem de Júpiter, desta vez, capturando a região caótica da Grande Mancha Vermelha. À esquerda, vê-se uma minitempestade adorável (por assim dizer) chamada de Mancha Vermelha Júnior, que apareceu pela primeira vez em 2006.

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Crédito: NASA, ESA, STScI, J. Hester e P. Scowen (Arizona State University).

Se tem uma coisa que aprendemos com o Hubble, é que as nebulosas são muito fotogênicas. Representada acima, está a formação Pilares da Criação, trombas de gás e poeira que se estendem da Nebulosa da Águia. Esta composição de imagens foi feita em 1995 e logo se tornou uma das imagens mais icônicas do Hubble.

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Crédito: NASA, ESA e o Hubble Heritage Team (STScI/AURA).

Em uma ode ao retrato original dos Pilares da Criação, a equipe do Hubble capturou uma imagem em resolução ainda maior dos pilares no ano passado. O resultado acima não só fornece uma visão de campo mais profundo dessas formações celestiais espetaculares, mas também demonstra o quanto a tecnologia do Hubble amadureceu ao longo das duas últimas décadas.

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Crédito: NASA, James Bell (Cornell Univ.), Michael Wolff (Space Science Inst.) e o Hubble Heritage Team (STScI/AURA).

O Hubble capturou diversas imagens impressionantes de Marte em dias nítidos, quando as calotas polares e a superfície em forma de teias de aranha do planeta vermelho estão mais visíveis. Mas esta imagem de Marte envolto em uma tempestade de poeira é uma alusão a si mesmo, muito mais do que uma imagem ultravioleta de Vênus.

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Crédito: NASA, ESA e o Hubble SM4 ERO Team.

Esta imagem salpicada de estrelas revela um aglomerado de 100.000 estrelas anciãs sob o nome mais ficção científica impossível de Ômega Centauri. Localizado a 16.000 anos-luz, o aglomerado está repleto de estrelas em diferentes estágios de vida, algumas datando de 10 a 12 bilhões de anos.

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Crédito: NASA, Holland Ford (JHU), o ACS Science Team e a ESA.

Essas galáxias em colisão distam 300 milhões de anos-luz e foram apelidadas de Camundongo por causa de seus filamentos em forma de cauda que ejetam o material em seu rastro. Por fim, a dupla vai resolver suas diferenças gravitacionais e se fundir em um sistema galáctico totalmente novo.

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Crédito: NASA, ESA, P. Challis e R. Kirshner (Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica).

Esta exibição fluorescente de pirotecnia estelar é o instantâneo do Hubble para a Supernova 1987A, uma das supernovas mais brilhantes na história da observação. As esferas brilhantes em cada lado do anel são inflamadas por ondas de choque da explosão colossal.

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Crédito: NASA e Erich Karkoschka, Universidade do Arizona.

Urano é o filho esquecido do sistema solar, e só foi visitado uma vez pela Voyager 2 lá em 1986. Mas, nesta imagem, o Hubble capta um pouco do charme sutil do planeta, incluindo seu jogo delicado de anéis e coleção de luas.

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Crédito: NASA, ESA e J.-Y. Li (Planetary Science Institute).

O Hubble capturou esta imagem do cometa Siding Spring em março de 2014, pouco mais de um ano depois que este cometa da Nuvem de Oort foi descoberto pela primeira vez. O cometa é, claramente, largando gelo e poeira enquanto se aproxima do Sol.

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Crédito: A. Caulet (ST-ECF, ESA) e NASA.

Estes "tornados" dinâmicos de material proveniente de nebulosas se entrelaçam no núcleo da Nebulosa de Laguna, a 5.000 anos-luz de distância. No canto inferior direito, a jovem e vibrante estrela O Herschel 36 brilha, um raio de luz de radiação ionizante que vai gradualmente limpando a cobertura de nuvem ao redor.

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Crédito: NASA e o Hubble Heritage Team (AURA/STScI).

Por último, mas não menos importante, está o retrato de Messier 64, também conhecida com o nome fodão de Galáxia Olho Negro por causa de seu interior extraordinariamente poeirento.

A imagem não é tão conhecida quanto às do impacto do cometa em Júpiter ou dos Pilares da Criação, mas tem a marca registrada de uma típica e clássica imagem do HST: resolução nítida, cores espetaculares e o sentimento latente de que nossa jornada no espaço recém começou.

Tradução: Amanda Guizzo Zampieri