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Entretenimento

Os países mais mal vestidos dos Jogos Olímpicos

Citius, Altius, Fortius, Malvestidius.

Os Jogos Olímpicos, para quem não sabe, são uma óptima oportunidade para os maiores desportistas do mundo mostarem a sua capacidade de ingerir drogas estranhas que lhes permitem saltar mais alto, nadar mais rápido e bater com mais força do que o mortal comum. Os Jogos são, ao mesmo tempo, uma oportunidade olímpica para cada nação vestir os seus atletas da forma menos pateta possível, mas a verdade é que há países que o conseguem (olá, Itália) e outros que falham miseravelmente — os da lista que se segue. ESPANHA
É provável que te queiras vestir bem para o teu grande momento, mas não deverias contratar uma empresa russa para equipar os teus atletas da mesma forma que não deverias pedir conselhos de vestuário ao teu pior inimigo. Os gajos da Bosco devem ter alta poker face para conseguirem ver estas fatiotas aprovadas pelo comité espanhol. O mau gosto sonha, a obra nasce. Este é o look "Liberace na praça de touros". Não tenho a certeza de que este seja o tipo de equipamento que coloca os atletas que o vestem num estado de espírito competitivo. Talvez aquele pólo de pepperoni duplo explique a eliminação precoce da equipa de futebol do país vizinho: eles não queriam mais ser vistos a passear com aquilo vestido pela aldeia olímpica. UCRÂNIA
Meu, a Bosco tem de ser, simultaneamente, a empresa com mais sentido de humor e menos bom gosto de todo o mundo. E os preços que eles fazem devem ser imbatíveis! Curtam este padrão tribal, ideal para vestir uma equipa de hospedeiras de bordo. Parece que a Rússia e a Ucrânia continuam a ser inimigas, só isso pode explicar este cataclismo. GRÃ-BRETANHA
Não há ninguém para culpar aqui, a não ser os próprios britânicos. Estes fatos de treino foram desenhados pela NEXT. Leram bem, a NEXT. Vocês já lá compraram alguma coisa? Conhecem alguém que já lá tenha comprado alguma coisa? Imaginem só a reunião esquisita que estes gajos não tiveram quando foram apresentar este equipamento espacial. "Sim, sim. Temos de ter ouro, o dourado é estiloso! E hoodies, os hoodies estão na moda, não é? Vamos ter isso também, então." O resultado final é tão ofensivo que até a Stella McCartney sentiu a necessidade de ir ao Twitter para se desmarcar da coisa. Contudo, e há que dizê-lo, este é um look que favorece o Bradley Wiggins. Na minha cidade, o pessoal mais raivoso adora bater nos mods, por isso esta camuflagem urbana vem mesmo a calhar. Os rufias vão pensar que o Bradley é um primaço ou, ainda melhor, vão ficar tão assustados que o deixam logo em paz. ALEMANHA
O comité alemão vestiu os seus atletas como bebés porque é isso que os alemães são: bebés grandes, sérios e heteronormativos. Este equipamento é um bocado estranho, mas ao mesmo tempo bastante útil, já que poupa tempo aos árbitros na aborrecida tarefa de conferir as cuecas dos atletas. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Foi bastante elogiado, mas este equipamento é uma escolha perversa. Os atletas parecem todos saídos de uma cerimónia de graduação do exército. Fiquei um pouco desorientado pela experiência de ver uma parada militar durante uma cerimónia de abertura de Jogos Olímpicos. A coisa em si é um bocado distópica também: parece que eliminaram todos os adolescentes feios, inadaptados e marginais que curtem rock e ficaram, depois da limpeza social, só com a elite de atletas. Sei que é meio feio da minha parte estar a dizer isto, mas já vi muitos filmes. Sei que devemos temer e odiar qualquer norte-americano que pratique desporto. MALÁSIA
Os malaios pareciam bananas gigantes vestidas com um pijama de tigre. O que, na minha opinião, tem tudo a ver com o espírito olímpico: juntar todas as coisas numa só, competir amigavelmente e usar roupa que nos faça lembrar das coisas que nos metiam medo em criança. TOGO E PAPUA-NOVA GUINÉ
Estes países foram os únicos a desfilar com equipamentos que eu dei por mim a invejar. Também tenho estado a olhar para esta camisa aqui em cima há já um bom pedaço e não faço ideia do que seja. É, tipo, verde com aquele padrão falso de cobra. Não sei, dá-me vontade de pedir cocktails num bar junto à praia. E aqui está a malta da Papua-Nova, que está a fazer o que pode e o que não pode para cavalgar na onda das camisas tropicais. REPÚBLICA CHECA
Os checos foram o país mais ofensivo da cerimónia de abertura porque o comité nacional respectivo optou por fazer desfilar os seus atletas com galochas e guarda-chuvas, numa referência pacóvia ao (famoso e alegado) mau tempo de Londres. Sim senhora, República Checa… Talvez fosse boa ideia levarem as coisas um pouco mais a sério. LESOTO
Que chapéus tão giros, Lesoto. Continuem aí na vossa, a fazer a vossa cena. Estão a ir bem. CANADÁ
Este foi o mais previsível de todos os equipamentos porque toda a gente sabe que os canadianos nascem a usar chinos e camisolas de fecho de correr. Aliás, agora que penso nisto, acho que esta foto foi tirada na baixa de Toronto e não em Londres. Desculpem a falha.