FYI.

This story is over 5 years old.

Motherboard

O Partido Republicano autorizou vender os dados digitais dos cidadãos americanos sem consentimento deles

A rede de computadores controlada pelo grupo criminoso era utilizada para distribuir e-mails falsos e vírus.

Dados médicos e financeiros. CPFs. Histórico da internet. Uso de aplicativos móveis. O conteúdo de seus emails e conversas online.

Essas são algumas das informações privadas que deputados republicanos decidiram disponibilizar, numa votação na última terça-feira, a provedores de internet para fins comerciais, despertando a indignação de ativistas da privacidade digital.

A decisão da câmara, indeferida após uma votação com 215 votos a favor e 205 contra, é o ataque final à política de privacidade do consumidor aprovada em 2016 pela Comissão de Comunicação Federal (FCC, na sigla original). Essa política, que deveria entrar em vigor no final desse ano, exigiria que os provedores de internet obtivessem o consentimento de seus clientes antes de usar, compartilhar ou vender seus dados pessoais.

"Ignorando ligações de milhares de constitituintes, os deputados republicanos acabaram de se unir ao seus colegas do Senado na violação do direito à privacidade dos usuários da internet", disse Craig Aaron, diretor-executivo da organização Free Press Action Fund, em comunicado. "Eles votaram contra o direito à privacidade de milhões de americanos só para que alguns gigantes do setor de telecomunicação pudessem aumentar seu já exorbitante lucro."

No ano passado, o Senado americano aprovou sua versão desse mesmo projeto de lei. O Presidente Trump, que apoia "veementemente" o fim da política de privacidade do FCC, irá assinar a medida em breve, como parte de uma crescente campanha republicana a favor da reversão de garantias de privacidade federais em vários setores da economia, incluindo medidas de proteção ao meio-ambiente, à saúde pública e ao interesse dos consumidores.

Leia o resto da reportagem em Motherboard.